Essa uma pergunta difícil. Quer dizer, pior que difícil. No mínimo, essa é uma questão muito polêmica, principalmente porque tanto os fãs de Joelma quanto os fãs de Lady Gaga são um pouco “xiitas” (pelo amor de Nossa Senhora do Bom Humor, não me levem a mal!). Mas eu vou opinar mesmo assim, que eu não ganho dinheiro pra ficar calada (nem pra falar também, mas o atrevimento do mundo todinho rodou e parou em mim, fazer o quê, né?).
A idéia surgiu quando eu estava assistindo uns vídeos de Lady Gaga junto com um amigo produtor de moda que morre de amores por ela: Anderson (@AndersonGeorge). A gente começou a reparar e comentar certas coisas nela que me lembraram a loira tupiniquim. Então as comparações foram inevitáveis e ele me disse: “Por que você não faz uma matéria sobre isso?”. Jamais esquecerei essas palavras. Sábias e profundas palavras, que vão eternizar nossa amizade e... (tá, eu sei! menos, bem menos! quase nada!). Mas, então, vamos ao que interessa.
O primeiro ponto a ser explorado, obviamente, é a questão do figurino. Ambas, no mínimo, chamam muita atenção com suas roupas. Acredito que é a primeira característica que nos prende a elas, seja por curiosidade, choque ou outra coisa. Isso acontece porque tudo o que não segue a “normalidade” nos intriga, nos incomoda, nos estimula a construir uma opinião, geralmente extrema (do tipo: ou ama, ou odeia!). Elas fizeram de suas roupas uma marca registrada em seus shows, ou no meio da rua também, né Lady Gaga? O importante nisso é que, visualmente, tornaram-se inesquecíveis ao público, coisa que muitos artistas jamais conseguiram, apesar de serem donos de talentos indiscutíveis.
Por falar em talento, chegamos a outra questão importante. Muitos críticos questionam o talento delas (já percebeu que eles questionam tudo e nunca fazem nada? é, também percebi!). Com relação a Gaga, é o talento de criar, de inovar; alguns afirmam que ela nunca fez nada de surpreendente, apenas imitou outras artistas conhecidas, como Madonna. Bem, eu não vejo por esse lado, até porque, se cantar “Paparazzi” na entrega de uma premiação importante, como o da MTV em 2009, causando a ilusão que está sangrando loucamente não for surpreender e inovar, então eu não sei mais o que é e peço que alguém se proponha gentilmente a me explicar. Já a outra loira é questionada com relação ao seu talento de cantar mesmo. Algo que discordo também, pois você pode até ter o direito de gostar ou não da voz de uma pessoa, mas dizer que um artista que vendeu 12 milhões de CDs e 2 milhões de DVDs, enfrentando toda essa pirataria por aí, não sabe cantar é idiotice. Não se pode desmerecer um sucesso, por mais que você não goste. Pergunte às 70 mil pessoas que compareceram à gravação do DVD 10 anos se ela não canta... vá, seu corajoso, bicho arrochado.
Um terceiro tópico que merece destaque é esse que acabei de falar: multidão. Ambas sabem como conduzir e animar milhares de pessoas, isso não é para todos. Uma coisa é cantar num barzinho, com seu violão e pronto. Outra coisa é pegar um microfone, entrar num palco e encarar 100 mil pessoas. Para isso, essas loiras, que de burras não têm nada, usam de um artifício em comum: espetáculo. Elas investem bem em dançarinos e recursos visuais, pra ajudar a tomar o palco e fazer com que o show seja um acontecimento. Cantam e dançam ao mesmo tempo. Visualmente, o show nos atrai, nos prende a assisti-lo. Com toda aquela performance, quem diz que Joelma tem 36 anos e 1,50m de altura? (desculpe, Sra. Mendes, mas eu não podia deixar essa passar!) Ela parece um mulherão no palco, toma conta dele todo. E Lady Gaga não deixa por menos, seus vídeos no Santo YouTube são sucesso, milhares de acesso, algo indiscutível.
Por fim, só queria ressaltar que minha intenção é somente uma: mostrar que todos somos iguais, e com os artistas não é diferente. Cada um tem seu talento, seu dom, tem o merecimento de estar no sucesso. Devemos parar com essa coisa besta de dizer que alguém é melhor que outra pessoa. Isso é bobagem. Se você não gosta de algo, não escute, é simples. Procure outra coisa que lhe faça bem e vá ser feliz. E se você gosta dos dois (como eu!), chega junto e me segue, tá? Quem disse que se eu gosto de carimbó não posso me jogar na “Poker Face”?