Joelma ''Sinto falta de passar mais tempo com meus filhos''

paraense Joelma, 34 anos, não para. É difícil pegá-la longe da correria da Banda Calypso, com, em média, cinco shows por semana. Não é só subir e cantar, já que ela cria coreografias, desenha figurinos e ensaia com dançarinos. É tanta responsabilidade que, para ela, seus esquecimentos já viraram piada, como quando esquece o celular dentro da geladeira. ''Eu me confundo mesmo. Já saudei o público de uma cidade com o nome de outra...'', diz. ''O importante é que estou sempre de bom humor, pois é fundamental misturar responsabilidade com descontração'', completa a cantora, escolhida por CONTIGO! para celebrar os 46 anos e homenagear a região Norte do país. ''Nossa, ela nasceu antes de mim! Gosto da CONTIGO!, das fotos, das entrevistas e peço a Deus que ilumine o caminho de quem faz o bem e vou fazer o mesmo pela revista'', conta Joelma, que veste, na foto ao lado, uma roupa inédita, do carimbó, dança típica do Pará.



Frenesi em todas as regiões



A banda Calypso também faz aniversário, pois completa 10 anos de vida e de sucesso não só no Norte, mas no Sul, Leste, Oeste... Comemoram a data com um DVD em janeiro. ''Para contar um pouco de toda essa alegria'', explica. Esse frenesi tem um preço e a cantora é a primeira a admitir isso, com sinceridade. Quanto custa isso? Custa não estar com os filhos, Natália, 19, Yago, 13, e Yasmin, 4, todos os dias - a família tem casa em Alphaville, em São Paulo. ''Passo menos tempo com eles do que gostaria. Sinto falta de passar mais tempo com meus filhos. Eles vão a alguns shows, mas só quando tiramos um mês de férias é que consigo ficar mesmo com eles. O pior é que tanto eu quanto Chimbinha somos artistas, vivemos na estrada. É diferente de quando apenas um do casal tem essa vida e o outro pode ficar mais perto dos filhos'', desabafa ela, referindo-se ao marido, Chimbinha, 35, seu parceiro na banda.






Ela monitora os filhos à distância


Mesmo à distância, alguns dias da semana, Joelma garante que monitora a educação do trio de flhos. A vida da cantora e de Chimbinha, na estrada, não é um problema: ''Nós dois temos nossas funções muito separadas. Enquanto estou me dedicando às danças e aos figurinos, Chimbinha está cuidando dos arranjos e do repertório''.






A mãe e a casa em Almeirim, Pará


Antiga frequentadora da Assembléia de Deus, Joelma, claro, não consegue mais ir à Igreja sem tumultuo. Mas as orações estão sempre em seus pensamentos, principalmente no Natal, uma das datas mais importantes do calendário da cantora. Ela gosta de se cercar de sua família, no Pará. ''Mantenho casa lá em Almeirim, onde nasci. Minha mãe está lá até hoje. Foi um privilégio na minha vida ter nascido e crescido perto de uma natureza exuberante que só a Amazônia pode proporcionar. A cultura paraense, dentro da região Norte, também é muito rica. Mesmo com todos esses anos viajando, mantenho uma ligação muito forte com o Pará'', reflete. Tão engajada com sua região, Joelma criou uma grife que usa a Floresta Amazônica como inspiração e cria oportunidades de empregos na cidade: ''Cresci vendo muita injustiça e pedi a Deus que me desce condições de ajudar de alguma maneira. O projeto é uma forma de retribuição a meu povo, que sempre esteve a meu lado''.